Um novo estudo afirma que sim. No entanto, essa postura pode ter consequências negativas para a criança e trazer sofrimento aos pais a longo prazo. Sim, é preciso aprender a dosar o amor.
Um estudo publicado no jornal Social Psychological and Personality Science veio para contradizer o resultado de várias pesquisas anteriores que apontam as consequências negativas da superproteção. Segundo o novo estudo, feito com 322 pais, aqueles que colocam os filhos em primeiro lugar não são apenas mais felizes, como também conseguem enxergar mais significado na vida.
O levantamento foi feito em duas partes. Primeiro, os pais classificaram o quanto eram “filhocêntricos”, ou seja, o quanto colocavam a criança como prioridade em tudo. Depois, eles usaram uma escala para classificar o quanto concordavam com afirmações como “Meu filho faz minha vida ter um significado”. Em um segundo momento, os participantes tinham que relatar sua rotina diária e determinar quanto prazer sentiam com cada atividade relacionada aos cuidados com as crianças.
De acordo com o resultado, os pais mais centrados nos filhos cultivavam mais sentimentos positivos – e menos negativos – e encontravam mais sentido na vida enquanto cuidavam das crianças. Além disso, o levantamento mostrou que essa sensação de bem-estar persiste para esses pais ao longo do dia, mesmo nos momentos em que não estavam mais com elas. Para os três autores da pesquisa, Claire E. Ashton-James, Kostadin Kushlev e Elizabeth W. Dunn, a explicação é simples: “Essas descobertas mostram que, quanto mais carinho e atenção as pessoas dão umas às outras, mais felizes elas são”, escreveram.